sábado, 2 de abril de 2011

EXISTE CONSCIÊNCIA DEPOIS DA MORTE?

Muitas pessoas não crêem, mas, existe consciência depois da morte. As almas das pessoas falecidas estão conscientes e podem se reconhecer. Essas verdades são evidentes através de ricos ensinamentos que o Senhor Jesus trouxe sobre a vida após a morte.

1º) A parábola do rico e de Lázaro. Vamos estudar Lucas 16:19-25. Somos apresentados a dois indivíduos que levavam vidas completamente diferentes: um homem riquíssimo e um mendigo doente chamado Lázaro que dependia do homem rico para se alimentar (vv. 19-21). Ambos os homens da história morreram, o rico foi para o inferno e o mendigo foi para o Céu (vv. 22-23). Em seguida, podemos constatar o sofrimento que existe no inferno. O rico, desesperado, pede alívio para o seu tormento, mas Abraão o exorta dizendo que Lázaro sofreu em sua vida, mas que agora, no Céu, estava recebendo o consolo, mas que ele (o rico) apesar de todos os bens que possuía, iria sofrer no inferno (vv. 23-25). Não há dúvida que o rico da história de Lázaro o reconheceu e também a Abraão, porque os chamou pelo nome, de dentro do inferno.

2º) No episódio da transfiguração de Jesus. Sugerimos a leitura de Lucas 9:29-31 (comparem com Mt 17:1-8; Mc 9:2-8). No momento em que Jesus foi transfigurado, Moisés e Elias, séculos depois de suas mortes, conversaram com Jesus (vv. 30-31). O que ocorre é que um deles foi trasladado e o outro tinha sido morto e enterrado cerca de 1500 anos antes (Dt 34:5-6; 2Rs 2:11; Mt 17:3). Mesmo depois de estarem “mortos” todo esse tempo, Moisés e Elias continuavam vivos, conscientes e com capacidade de conversar com Jesus. Neste episódio da transfiguração de Jesus, os discípulos reconheceram a Moisés e Elias em seus corpos eternos e não precisaram ser apresentados a eles formalmente, embora jamais os tivessem encontrado nem visto seus retratos.

3º) No episódio narrado em Lucas 20:27-40 (comparem com Mc 12:18-27; Mt 22:23-33): Os saduceus (que não acreditavam na ressurreição: At 23:8), vieram testar o Senhor Jesus. O questionamento que lhe fizeram foi: Um homem casado e que não tinha filhos faleceu. Um de seus seis irmãos solteiros se casou com a viúva para poder gerar descendentes (de acordo com a Lei de Moisés: Dt 25:5-10), mas morreu também sem deixar filhos. Um após o outro, os demais irmãos também se casaram com esta mulher e morreram sem deixar descendência. No fim, a mulher também morreu. Os saduceus perguntaram a Jesus, então, se na ressurreição geral dos mortos, no fim dos tempos, de quem essa mulher deverá ser esposa, pois na vida terrena ela foi esposa dos sete irmãos sucessivamente (vv. 27 a 33).

Com a resposta de Cristo, podemos aprender muitas lições preciosas. A situação levantada pelos saduceus nesse episódio era irrelevante. O Senhor ensinou que não há casamento na vida futura. Os santos ressuscitados serão como os anjos, isto é, não haverá mais procriação (vv. 33-36). Em seguida Jesus demonstrou que no episódio da sarça ardente (Ex 3:6), Deus reconhecia a existência de um relacionamento presente e contínuo com Abraão, Isaque e Jacó, embora os patriarcas dos hebreus tivessem “morrido” séculos antes de Moisés (v. 37). Neste episódio de Êxodo, Deus afirmou “Eu sou” e não “Eu fui” o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. A ênfase estava no tempo presente e não no passado. Deus falou de sua ligação com os patriarcas mortos como se estando vivos naquela época, ou seja, a eternidade destas relações não havia cessado com a morte deles. Não há dúvida que esses homens de Deus estavam e estão ainda vivos e ativos com Deus no Céu. E que declaração poderosa de Jesus quanto à morte! Deus não é Deus de mortos, Ele é Deus dos vivos. Para Deus todas as pessoas estão vivas (v. 38). Cristo repreendeu os saduceus dizendo que eles caíram em um grande erro pelo fato de não conhecerem as Escrituras e nem o poder de Deus (Mt 22:29; Mc 12:24).

Ainda quanto à questão se os mortos podem se reconhecer, o escritor Rex Humbard afirmou em seu livro “Onde estão os mortos?”:

“Muita gente pergunta se os santos se reconhecem mutuamente no Paraíso. Davi acreditava que iria reconhecer seu filho na vida futura (2 Sm 12:23). Jesus esperava decididamente que o bom ladrão viesse a reconhecê-lo (Lc 23:43), e Paulo não teria ficado tão ansioso para estar com Cristo se duvidasse de ser capaz de reconhecê-lo (Filipenses 1:21-24)” (p. 62).

Alguns acreditam que podemos afirmar também que as almas dos justos podem se comunicar com Deus, pois os mártires clamam por Ele de onde estão, no Céu (Ap 6:9-11). Quanto à lembrança do mal que se fez aqui na Terra, há poucas passagens bíblicas a respeito. Na história de Lázaro e do homem rico, certamente o rico se sentiu atormentado e arrependido. Ele tinha as lembranças daqueles que tinha deixado na Terra (Lc 16:27-28).

Seria ilógico diante da justiça de Deus acreditar que a alma não se lembra do que ocorreu nesta vida, pois como poderíamos ser julgados com justiça por Deus, no juízo final, de comportamentos dos quais não nos lembrássemos (Ec 11:9; Ap 20:11-13).

2 comentários:

  1. Perfeito, biblicamente falando, corretíssimo. Levantei essa questão em estudo bíblico e citei Lázaro e Ap 6.9-11. Fiquei de abranger mais e através desta postagem me veio mais conteúdo. É bem esclarecedor, pois a maioria não tem visão nenhuma do que ocorre após a morte como neste porém.

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  2. é isso mesmo desta forma que eu enterndo, isso é uma doutyrina corretamente biblica. parabens meu amado. no ceu iremos nos encontrar e conhecermos.

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