domingo, 15 de agosto de 2010

A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO INTERCESSÓRIA

Neste estudo desejamos enfatizar a oração intercessória e seus propósitos.

O patriarca hebreu Abraão é um dos primeiros exemplos de oração intercessória nas Escrituras, quando ousada e humildemente arrazoou com Deus sobre a Sua vontade de destruir a cidade de Sodoma (Gn 18:16-33). Salomão, Samuel, Daniel e Esdras são exemplos de homens de Deus que intercederam pela nação de Israel (1Sm 12:23; 2Cr 6:1-18; 7:1-15; Dn 9:3-21; Ed 9:5-15; 10:1).

No Novo Testamento, temos o exemplo do apóstolo Paulo, que pediu a intercessão dos cristãos de várias igrejas.

Aos romanos:

“Rogo-vos, pois, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e também pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor” (Rm 15:30).

Aos coríntios:

“...ajudando-nos também vós, com as vossas orações a nosso favor” (2Co 1:11a).

Aos colossenses:

“Suplicai ao mesmo tempo também por nós” (Cl 4:3a; cf. Fp 1:19; 1Ts 5:25; 2Ts 3:1-2).

Em contrapartida, Paulo expressou inúmeras vezes o seu chamado a interceder.

Pelos efésios:

“Não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações” (Ef 1:16; cf. 3:13-16).

Pelos filipenses:

“Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós, fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas orações” (Fp 1:3-4; cf. Cl 1:3,9; 1Ts 1:2-3; 3:9-10; 2Ts 1:11-12; 2Tm 1:3; Fm 4-6).

Antes de continuarmos, desejo deixar aqui o meu testemunho sobre este assunto tão fundamental e edificante:

Como muitos sabem eu estava me submetendo a um tratamento contra um câncer e me submeti a uma bem sucedida cirurgia há aproximadamente cinco meses atrás que extirpou totalmente do meu corpo aquele tumor maligno para sempre, em nome de Jesus. Amém.

O que quero enfatizar é que não só a minha igreja local e muitas outras daqui de P. Prudente, mas outras igrejas do Estado, como em Rancharia, Dracena, Pres. Epitácio, Porto Feliz, Itatinga, Suzano, São Caetano do Sul, São Paulo-SP, também de fora do Estado, como em Cuiabá-MT, Arapongas-PR, Londrina-PR, Apucarana-PR, Marilândia do Sul-PR, etc., sem falar dos irmãos missionários em outros países e sem mencionar aquelas pesssoas do nosso convívio, que mesmo não sendo crentes, afirmaram que intercederam e ainda intercedem por mim, pela minha total recuperação.

Tem sido uma experiência maravilhosamente edificante e marcante saber que tantas pessoas tem orado por mim ao Pai Celeste e, com certeza, é notória, a Sua resposta afirmativa, pois o meu tratamento pós operatório tem sido um sucesso após o outro.

Bem, voltando ao que dizíamos anteriormente:

Depois que o apóstolo descreveu aos efésios a importância do uso da “armadura” de Deus (Ef 6:13-17), ele exortou para que, juntamente com todas estas atitudes recomendadas para lutarmos contra as forças das trevas (vv. 11-12), estivéssemos orando perseverantemente a Deus o tempo todo, através do Espírito Santo, vigiando e intercedendo por todos os crentes (v. 18).

No capítulo 5 da epístola de Tiago, temos um ensino fundamental sobre a oração e intercessão entre os irmãos em Cristo:

“Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração. Está alguém alegre? Cante louvores. Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor” (v. 13-14).

Aqui Tiago exorta a que oremos pelos enfermos, nos alegremos juntamente com os irmãos que estão alegres, cantando louvores. Ele afirma também que os líderes da igreja podem orar sobre o enfermo e usar óleo para ungí-lo em nome do Senhor. Entretanto, não é o óleo que poderá curar este irmão, mas, sim a oração com fé e a vontade de Deus:

“E a oração de fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados” (v. 15).

Então, se orarmos e o irmão enfermo for curado, os seus pecados também serão perdoados? Mas, e onde fica o arrependimento e a confissão de pecados? É justamente esses comportamentos que Tiago está ensinando, para que os pecados sejam perdoados por Deus:

“Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (v. 16).

A confissão de erros cometidos contra Deus e contra as pessoas é ensinada como comportamento fundamental para a comunhão eficaz entre o povo de Deus. A oração de fé tem grande poder, devido ao fato de estar fundamentada nestes ensinamentos bíblicos.

A intercessão pode abranger não apenas o âmbito da igreja, mas, também a sociedade. No âmbito social, Paulo trouxe um ensino prático. Em 1º Timóteo 2:1-4, Paulo exortou que fosse utilizada na igreja a intercessão e gratidão em favor de todas as pessoas, inclusive autoridades constituídas:

“Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade” (vv. 1-2a; cf. Tt 3:1; 1Pe 2:11-17).

Mas, qual é a consequência para as nossas vidas se cultivarmos esse comportamento? A sequência do texto nos esclarece:

“Para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito” (v. 2b).

E com qual propósito devemos buscar essa realidade para nós? Para agradarmos ao nosso Deus (v. 3). Por que Deus estabeleceu estes procedimentos dos cristãos para com todas as pessoas da sociedade, inclusive as autoridades? Para testemunhar dEle às pessoas, para que elas alcancem a salvação e o conhecimento da verdade (v. 4). Paulo, então, mais adiante, convocou a igreja a cultivar a prática da oração em todos os lugares, com santidade, sem ira e sem animosidade (1Tm 2:8).

Portanto, a prática da intercessão e da gratidão a Deus por todos os homens, inclusive as autoridades, pode nos proporcionar uma vida mansa, piedosa e respeitosa, sendo agradáveis a Deus, pois com um testemunho de vida santa e pacífica, pessoas podem vir a conhecê-Lo e serem salvas. Portanto, a oração intercessória é uma ferramenta vital dentro dos planos de Deus, tanto para a edificação de Sua Igreja, como para a edificação do Seu Reino aqui na Terra.

Certamente o maior exemplo de intercessão vem do próprio Senhor Jesus. Com humildade diante de Deus Pai, Ele rogou por nós e por aqueles que virão a se converter e se unir a Sua Igreja através da pregação do evangelho (Jo 17:1-26).

Um comentário:

  1. como sempre seus textos são impecáveis (rsrs)...mas não estou conseguindo te achar dr? responda o e-mail, qualquer coisa. vou baixar tb seus esudos sobre o espíritismo.
    Luciano Sena

    ResponderExcluir